SINPRO-PE | SINDICATO DOS PROFESSORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROFESSOR(A) COM ORGULHO, EXIJO RESPEITO!

Por : Wallace Melo

Opinião proferida pelo leitor do Jornal do Commercio (13/Ago/2020)

Na última quinta-feira (13), o governo de Pernambuco decidiu pela continuidade da suspensão das aulas presenciais nas escolas públicas e particulares, pelo restante dos dias de agosto. Decisão acertada, frente aos perigos já percebidos, apontados e evidenciados em outras experiências, no que tange a reabertura das instituições de ensino.

No dia anterior, a Alepe, por meio da Comissão de Educação e Cultura, promoveu uma audiência pública, provocada após solicitação do movimento Juntos Pela Educação, que se dirigiu aos parlamentares, externando a importância de se levar a discussão do retorno às aulas presenciais para a casa legislativa.

Na ocasião, além dos parlamentares, algumas entidades representativas e órgãos institucionais também apresentaram suas opiniões sobre o tema, a exemplo do Sinpro Pernambuco, Sintepe, UFPE, Secretaria de Educação e Sinepe.

Durante as discussões, ficaram evidentes que os possíveis riscos e falta de estrutura necessária ao restabelecimento das atividades, se consolidaram como elementos à manutenção do ensino remoto.

Contudo, outro fato intrigante, ocorrido na quinta-feira (13), foi a publicação da opinião, na coluna do Jornal do Commercio destinada aos seus leitores. Na seção, o Sr. Jairo Freitas, externou que existem diferenças nas opiniões entre os(as) professores(as) que atuam nas escolas particulares, e os(as) que lecionam nas redes públicas.

Segundo Jairo, no âmbito das escolas particulares, os(as) professores almejam o retorno das aulas presenciais, pois temem pela perda de seus empregos.

Por outro lado, os(as) docentes das escolas públicas defendem o não retorno, pois querem continuar sem trabalhar, mas recebendo seus salários.

A opinião, certamente que não é a do JC (assim espero), circulou pelas redes sociais, causando indignação, sobretudo aos professores(as).

E somando ao “cordão dos indignados(as)”, me obrigo a dizer que, as posições reportadas pelo citado leitor estão distantes da opinião mais geral de ambas as categorias.  Uma vez que, os docentes das escolas particulares, em sua maioria, não defendem o retorno escolar na pandemia, mesmo estando com jornadas laborais maiores, saúde mental abalada e, em muitos casos, com salários reduzidos e direitos não respeitados, frente a quadra do ensino remoto.

Já os docentes que atuam nas redes municipais e estadual, ao contrário do que foi propagado, não estão em “férias prolongadas” ou acomodados(as) com a paralisação das aulas, e sim, seguem cobrando aos órgãos gestores pelas devidas providências técnicas e pedagógicas, para a garantia ao acesso à educação pelos estudantes.

Assim, ao contrário do que foi proferido pelo Sr. Jairo Freitas, os(as) professores(as), não apresentam divergências acerca das atividades escolares na pandemia, pelo contrário, é nítida a opinião, principalmente dos seus respectivos órgãos de classe, que a tese central da categoria é a defesa e preservação da vida e dos direitos.

Retornar ou não retornar as aulas presenciais, torna-se até secundário, quando ainda temos muito à fazer para garantir a integridade da comunidade escolar. E as evidências mostram que nossa categoria, acertadamente, segue do lado daqueles que defendem a vida, e sem dúvidas, merece, como sempre, todo respeito e admiração.

Somos professores(as) com orgulho e sabemos o lado da história vamos permanecer! Sigamos junt@s, pela vida e pelos direitos!

Prof. Wallace Melo – Humanista, professor do setor privado e da rede pública, e secretário de formação do Sinpro Pernambuco.

Whatsapp: 81.991327571

E-mail: wallacemelobarbosa@gmail.com 

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